
“Não sou «eu» que sou inteligente, mas «eu» com o grupo humano de que sou membro, com o meu idioma, com toda uma herança de métodos e tecnologias intelectuais (entre elas o uso da escrita). Para citar apenas três elementos entre milhares de outros, sem o acesso às bibliotecas públicas, sem o emprego de diversas aplicações muito úteis e sem inúmeras discussões com amigos, o signatário deste texto teria sido incapaz de o redigir. Isolado do coletivo, desprovido de tecnologias intelectuais, «eu» não pensaria. O pretenso sujeito inteligente é apenas um dos microatores de uma ecologia cognitiva que o engloba e o limita.”
Pierre LÉVY, As tecnologias da Inteligência, Lisboa, Instituto Piaget, p.173
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