24 outubro 2011

Adaptação genética e adaptação cultural no processo de hominização

No processo de hominização encontramos duas formas de adaptação: adaptação genética e adaptação cultural. Através da primeira, a espécie humana vai registando alterações no seu genoma, de forma a poder responder melhor ao meio ambiente e melhorar o seu desempenho social. As alterações que ocorrem na sua biologia preparam-no melhor para responder às hostilidades do meio, se bem que apenas aconteçam ao longo de milhares de anos.
Exemplos de modificações na estrutura genética: aquisição de uma postura erecta, oponibilidade do polegar, desenvolvimento do aparelho fonador.
Através da adaptação cultural, o homem desenvolveu laços de cooperação com os seus semelhantes, construiu uma série de objectos que melhoram a sua prática, por exemplo na caça e na agricultura. Ao longo da sua evolução, o homem depende cada vez menos das modificações genéticas e cada vez mais da sua produção cultural. O mundo é cada vez menos natureza e cada vez mais cultura. O homem adapta-se ao meio, mas sobretudo adapta o meio transformando-o. Assiste-se a uma regressão dos instintos que são substituídas por respostas culturais, com a vantagem de estas acontecerem mais rapidamente, serem mais flexíveis e poderem ser transmitidas de geração em geração. O homem produz e controla a sua adaptação em função dos seus projectos e necessidades. Em suma, a cultura possibilita e promove a transformação da natureza, melhorando a instalação do homem no mundo.
(apontamentos de aula, enviados por Helen Moser - 1º TBS)

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