"Normalmente, faz-se uma distinção entre cultura (em relação a tudo o que é partilhado por uma sociedade global) e subcultura para indicar uma parte da cultura geral da sociedade, caracterizada por valores, normas e estilo de vida próprios e distintos. Como exemplo de subcultura podemos pensar na dos punks ou na dos rastas; ou, embora em dimensões mais reduzidas, na que se encontra entre os militares, entre os bandos de rapazes da rua, etc.
Fala-se, pelo contrário, de contracultura no caso em que uma subcultura, que se encontra em desacordo radical relativamente à cultura dominante, rejeita de modo consciente algumas das normas sociais mais importantes. O movimento juvenil de 1968 é um bom exemplo de contracultura moderna: quer a ala hippy quer a política 'militante' desafiaram uma série inteira de normas e de valores, inclusive os que estavam centrados na obediência à autoridade, ao êxito, ao conforto material e às restrições sexuais, consideradas centrais pela cultura ocidental." (Lucia Demartis, Compêndio de Sociologia, Lisboa, Edições 70, p. 38)
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