Henry Mintzberg, um especialista no campo da gestão, aborda o valor e a utilidade das teorias. Em Mintzberg on Management: Inside our Strange World of Organizations (New York, Free Press, 1998), refletiu sobre a utilidade da teoria que afirma que a Terra é plana em confronto com a teoria que defende que a Terra é redonda. E recorda que pensou nisso quando ía a viajar de avião. E, se bem que acreditasse que a Terra era plana, considerou que naquele momento, para os aviões, era mais útil a teoria que achava que a Terra era redonda, pois, caso contrário, os aviões provenientes de Génova, Itália, iriam embater nos Alpes. Porém, ao observar a pisat de aterragem, acreditava que os engenheiros tinham corrigido a curvatura da Terra e esperava que a pista fosse bem plana. Tudo isto para concluir que é arrogante considerar qualquer teoria, nova ou antiga, como verdadeira, pois todas as teorias são falsas e mais ou menos úteis, dependendo das circunstâncias.
Não acompanhanos este perigoso relativismo. Na noite do relativismo, todas as teorias são pardas. Mas não são. Há, de facto, teorias verdadeiras e teorias falsas. Como é importante que as teorias não cedam a visões simplistas e sejam complexas, totalizadoras. Porém, neste caso, a Terra é plana, redonda e mais qualquer coisa que isto. E desejemos convictamente que a teoria abarque sempre mais qualquer coisa que isto.
Como afirmou o psicólogo social Kurt Lewin, "não há nada tão prático como uma boa teoria."
e já te ocorreu que a menor distância entre dois pontos pode não ser uma linha recta mas uma curva?
ResponderEliminarTenho que comentar como anónima, porque creio que não posso aceder de outra forma.
ResponderEliminarComo sempre,vale a pena ler o que escreves!
Maria Emília